Opinião

O futuro do mercado de trabalho


O número de idosos no Brasil vem aumentando progressivamente. Enquanto a população com mais de 50 anos cresce, o índice de natalidade reduz. Em breve, não apenas no Brasil como em várias partes do mundo, haverá mais idosos do que crianças.

Em decorrência disso, a busca por vaga no mercado de trabalho por pessoas com mais idade vem aumentando nos últimos anos. Soma-se a isso o fato de os jovens estarem entrando no mercado de trabalho mais tarde. Assim, cada vez mais os idosos, segundo o IBGE, são responsáveis pelo sustento de toda a sua família.

Certamente, com o aumento da longevidade, é importante para os idosos continuarem ativos. Além do trabalho propiciar o aumento da renda, mantém o sentimento de inclusão social. Essa inclusão, se acompanhada do sentimento de utilidade, o qual muitas vezes é reduzido quando se atinge certa idade, pode ser o divisor de águas da inatividade para a utilidade. O sentimento de exclusão e de ausência de papel social pode atingir os idosos e contribuir para o aumento das doenças. Manter-se ativo é uma forma de evitar esse sentimento.

Trabalhar na terceira idade deixa de ser apenas uma questão de necessidade econômica, mas se torna uma forma de viver mais saudavelmente. Em muitos casos, a aposentadoria pode ser um risco à saúde, essa foi a conclusão de um estudo publicado pelo Institute of Economics Affair (IEA). A pesquisa afirma que a aposentadoria pode elevar em 40% as chances de desenvolver uma depressão em 60% a probabilidade do aparecimento de um problema físico.

Assim, a inserção dos idosos no mercado de trabalho, por meio de atividades tanto físicas como intelectuais, estimulando a movimentação do corpo e do cérebro, pode ser uma solução para a redução das doenças e de problemas como de depressão, memória e limitações físicas.

Mas tal inserção somente trará benefícios para o idoso que retorna ao mercado de trabalho ou mesmo para aquele que decide não se aposentar voluntariamente, se não tiver uma conotação de sofrimento ou castigo. Ela deve ser prazerosa e trazer a sensação de utilidade, produtividade. O prazer deve ser maior por parte de quem presta o serviço do que de quem o recebe, aí, sim, ele fará a diferença.

O trabalho possibilita o convívio com diferentes pessoas e, em decorrência dele, a construção de novos laços que propiciam a troca de experiências entre as diferentes idades e ajuda a tornar a vida mais divertida e mais humana.


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